Um primeiro grupo de italianos detidos em Israel que integravam a Flotilha Global Sumud, abordada pelos israelenses quando tentavam chegar a Gaza, vai regressar hoje (4) à Itália, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
O grupo é composto por 26 ativistas italianos que assinaram o documento de expulsão voluntária e “estão prestes” a abandonar o território israelense a bordo de um voo fretado para Istambul, declarou Antonio Tajani nas redes sociais.
Os 26 italianos já foram transferidos para a base aérea israelense de Ramon (sul) e vão deixar Israel pelo aeroporto de Eilat. Mais 15 italianos vão permanecer em Israel, já que optaram por não assinar o documento de expulsão voluntária oferecido pelas autoridades locais.
“Terão de aguardar pela expulsão por via judicial, que ocorrerá na próxima semana”, afirmou Tajani, solicitando à embaixada italiana em Tel Aviv que “garanta que os seus cidadãos sejam tratados com respeito, de acordo com os seus direitos”.
Nessa sexta-feira (3) à tarde, quatro políticos de esquerda, opositores do governo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, que embarcaram na flotilha, chegaram a Roma.
As autoridades israelenses detiveram cerca de 450 ativistas que viajavam a bordo da Flotilha Global Sumud – abordada na noite de quarta-feira quando tentava chegar a Gaza com ajuda humanitária e quebrar o bloqueio israelense ao enclave palestiniano -, na prisão de Saharonim, no deserto.
As autoridades do Chipre informaram hoje que duas embarcações que participaram da flotilha atracaram nos portos cipriotas nas últimas horas, depois de terem solicitado autorização para abastecimento e assistência humanitária.
A primeira embarcação, cujo nome não foi divulgado, com 21 ativistas de várias nacionalidades a bordo, chegou ao porto de Larnaca na noite de quinta-feira (2), após mais de quatro horas de navegação em condições difíceis.
O barco permaneceu sob vigilância da polícia e das patrulhas marítimas até, pelo menos, na noite de sexta-feira. À chegada, uma equipe médica tratou duas pessoas com problemas de saúde, sem necessidade de hospitalização.
Na tarde de sexta-feira, uma segunda embarcação da Flotilha foi autorizada a atracar no porto de Pafos. Segundo o diretor-geral da Autoridade Portuária do Chipre, Anthimos Christodoulides, a embarcação chama-se Seiren e tem 10 pessoas a bordo. A agência de notícias cipriota CNA informou que o navio de bandeira italiana vai sair hoje do porto cipriota.
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