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Na Geórgia, manifestantes se reunem em apoio ao ex-presidente preso

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Na Geórgia, manifestantes se reunem em apoio ao ex-presidente preso

Na Geórgia, centenas de apoiadores da oposição, se reuniram em 6 de novembro pedindo a libertação imediata do ex-presidente Mikheil Saakashvilli. O protesto ocorreu na cidade de Rustavi, perto da prisão onde Saakashvhilli está preso atualmente.

O ex-presidente foi preso em 1º de outubro depois de retornar à Geórgia, após ter passado oito anos num exílio auto-imposto. Ele foi sentenciado a seis anos de prisão à revelia em 2018, por diversas acusações de abuso de poder. O ex-presidente nega as acusações feitas contra ele. Desde a sua prisão em 1º de outubro, Saakashvili está em greve de fome.

Segurando cartazes e bandeiras da Geórgia, Ucrânia e UE, os manifestantes reuniram-se após os apelos do Movimento Nacional Unido, um grupo de oposição fundado por Saakashvili. Os apelos surgiram após o segundo turno das eleições locais realizadas em 30 de outubro.

Dirigindo-se à multidão de apoiadores da oposição, o líder do Movimento Nacional Unido, Nika Melia, disse: “O governo pensa em vão que venceu ontem [30 de outubro]. O povo georgiano vencerá muito em breve”. Melia também convocou manifestações em massa para 7 de novembro, “diferente de todas as manifestações anteriores”.

“O mundo inteiro irá assistir à manifestação em larga escala que será realizada na Praça da Liberdade, na avenida Rustaveli, no domingo [7 de novembro]”, prometeu Melia em 31 de outubro.

Em discurso à multidão no sábado, Melia disse que o partido tornaria as manifestações em frente à prisão de Rustavi um ato permanente e que continuaria a protestar a menos que as autoridades transferissem Saakashvilli para um hospital civil. Enquanto milhares de apoiadores da oposição se reuniam na praça da Liberdade em Tbilisi, em 8 de novembro, Melia anunciou a data e o lugar do próximo protesto — 9 de novembro, em frente ao Ministério da Justiça. De acordo com a OC Media, horas antes do protesto no domingo, as autoridades transferiram Saakashvili para uma unidade prisional na capital Tbilisi, com uma divisão médica mais adequada.

Além das manifestações de rua, outros partidos de oposição se concentraram em táticas menos tradicionais. Em 7 e 8 de novembro, dois partidos da oposição, Droa e Girchi – Mais Liberdade, que se coligaram com o UNM antes do segundo turno das eleições, organizaram um protesto não violento em frente a sede do Serviço de Segurança do Estado e Ministério da Justiça. “Em 7 de novembro, membros do Girchi – Mais Liberdade, despejaram lixo em frente ao Serviço de Segurança do Estado e jogaram aviões de papel por cima da cerca. No dia seguinte, os ativistas do Droa levaram suplementos nutricionais para o Ministério da Justiça, que anteriormente questionou a greve de fome de Saakashvili”, noticiou a OC Mídia. Além disso, a presidente do Droa, Elene Khoshtaria, iniciou uma greve de fome em 3 de novembro.

Os parlamentares da oposição ofereceram um ramo de oliveira. Em 8 de novembro, o Grupo Renovação e Lelo apresentaram uma proposta de sete itens ao governo. Nela, os partidos de oposição pedem a transferência de Saakashvili para um hospital civil; a nomeação de juízes estrangeiros para um julgamento justo no caso do ex-presidente e o retorno do pacote de reformas estabelecido no acordo mediado pela UE, assinado entre os partidos e o governo em abril, e que havia sido suspenso.

Relatos sobre a rápida piora na saúde do ex-presidente causaram pouco impacto na decisão do governo. O Ministro da Justiça ainda falou que, caso a situação piore significantemente, ele será transferido para a ala médica da prisão, conforme divulgação da Rádio Liberdade.

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